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    Um lar para Claudia Andujar

    Ela sobreviveu ao nazismo e fugiu de um Estado totalitário, escolheu o lado dos marginalizados e enfrentou a ditadura no Brasil. Hoje lembrada pelo ativismo na causa indígena, a fotógrafa tem parte de seus registros da tribo ianomâmi em exposição no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Com um olhar terno e real interesse pela alteridade, Claudia Andujar criou sua ponte para o outro pela fotografia jornalística e deu aos anos 1960 imagens como a de uma confortável Clarice Lispector com a máquina de escrever ao colo. Pelas suas câmeras também passaram

    as aflitivas operações do médium Zé Arigó; nordestinos despachados de São Paulo para seus estados de origem; e pacientes psiquiátricos no Hospital Juqueri.

     

    A dureza do preto & branco era relativizada pela empatia. Mas o jornalismo é uma força que possui agendas e urgências próprias. E nem sempre estas coincidiram com os anseios

    e tempos da imigrante Claudia Andujar. Abriu mão, assim, da condição de colaboradora

    na revista “Realidade”, marco da imprensa brasileira, para ganhar a floresta atrás de um povo. Era 1971 e de fotógrafa ela passaria também a ativista.

     

    “Eu prefiro as fotos mais introspectivas e para isso é preciso entender o outro, as pessoas. Acho que tem a ver com minha personalidade”, afirma Andujar. Decidida a se dedicar a um tempo sem limites para conhecer bem uma população, ela, aos 40 anos, chegou aos ianomâmis. Na primeira vez em que foi ao encontro desta tribo, estava ao lado de George

    Love, fotógrafo norte-americano com quem estava casada e que também era

    colaborador da “Realidade”.

     

    Ficaram por duas semanas, mas Andujar voltaria. Com uma bolsa da Fundação Guggenheim, optou por passar mais tempo com os ianomâmis, entre Roraima e Amazonas. “Ficava um mês, depois mais, cheguei a ficar um ano por lá. Me sentia muito bem entre eles”. Paradoxalmente, a fotógrafa percebeu que o rigor formal tinha de ser abandonado. O real surgiria das sobreposições e dos efeitos, ao abraçar a subjetividade do tema. “Por conhecer a cultura, eu tentei traduzir a visão mais espiritual deles”.

     

    Cerca de 300 desses registros, entre fotografias, desenhos e documentos, estão na exposição “Claudia Andujar: A Luta Yanomami” (em cartaz no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro até 20 de novembro). A mostra revela os primeiros contatos da fotógrafa com

    o grupo indígena, os rituais e as cerimônias. Apresenta ainda as consequências do contato do homem branco por meio de projetos de vários governos que visavam “civilizar” e  “desenvolver” tais grupos, a exemplo de medidas que Jair Bolsonaro tenta emplacar atualmente – há, inclusive, um vídeo no qual o atual presidente aparece criticando uma série

    de políticas indigenistas.

     

    Ao vivenciar as ameaças aos índios – a construção da Rodovia Perimetral Norte, o garimpo, o avanço de doenças –, Andujar passou a vocalizar o interesse ianomâmi, formando em 1978, ao ser expulsa do território indígena pelos militares, a ONG Comissão pela Criação do Parque Yanomami, que auxiliaria na demarcação, em 1992. “A gente lutou muito para conseguir a terra. Mas ainda hoje há ocupação de garimpeiros, por conta do ouro”

     

    A reportagem completa pode ser lida na edição 118 da revista Ocas”

     

                                                                                                                                                                                         texto: Douglas Portari

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